Léon Denis nasceu numa aldeia chamada Foug, situada nos arredores de Tours, em França, a 1o. de Janeiro de 1846, numa família humilde. Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar em brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo assim, com esforço próprio desenvolver a sua inteligência. Tomou-se um autodidata sério e competente
Houve íntima relação entre Léon Denis e Allan Kardec, ambos foram druídas reencarnados, pois viveram nas Gálias, no século V a. C.. O nome Léon Denis está escrito no de Kardec, ou seja, Hippolyte LEON DENIZard Rivail. São Jerônimo de Praga, seu guia espiritual, fora discípulo de João Huss (encarnação anterior de Kardec), os dois queimados vivos, no Século XV, por ordem do Concílio de Constança.
Dedicando-se ao estudo aprofundado do Espiritismo, em seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, demorou-se com maior persistência na abordagem do seu aspecto filosófico. Concomitantemente com os seus profundos estudos nesse campo, também deu a sua contribuição, valiosa na abordagem e estudo de assuntos históricos, fornecendo importantes subsídios no sentido de esclareceras origens celtas da França e no tocante ao dramático episódio do martírio de Joana D’Arc, a grande médium francesa. Seus estudos não pararam aí; ele preocupou-se sobremaneira com as origens do Cristianismo e o seu processo evolutivo através dos tempos.
A divulgação do Espiritismo não foi tarefa fácil. Como acontece com toda a idéia nova, sofreu, também, os ataques de seus opositores. Léon Denis teve de lutar contra o materialismo, a falta de idealismo, o cientificismo e o positivismo de Augusto Comte, que grassavam nas universidades. As conferências, os congressos e os livros publicados foram suas armas para a divulgação e a consolidação do edifício doutrinário, alicerçado pelas pesquisas e análises de Allan Kardec.
A integridade de seu caráter criava-lhe condições necessárias para o cumprimento do seu dever. Ao cogito ergo sum de Descartes, acrescenta: “Eu sou e quero ser sempre mais do que sou”. De moral elevada, procurava cumprir tudo o que prometia. Tornou-se, com o tempo, um autodidata, o que lhe conferia pensar com a própria cabeça.
Escreveu, entre outras, as seguintes obras:
O Porquê da Vida, 1885; Depois da Morte, 1890; Cristianismo e Espiritismo, 1898; Joana D’Arc Médium, 1910; O Grande Enigma, 1911; O Mundo Invisível e a Guerra, 1919; O Gênio Céltico e o Mundo Invisível, 1927.
Fonte: Departamento Doutrinário da Liga Espírita Pelotense.
Publicado na coluna da Liga Espírita Pelotense no dia 13 de Janeiro de 2013 – JORNAL DIÁRIO POPULAR.