Ali estava o Consolador prometido por Jesus que dava os seus primeiros sinais e ele era o que mais percebia a sublimidade da notícia. Convencido da importância da revelação com que se deparava, não hesita em abraçar a causa que culminaria com o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, o livro que daria corpo de doutrina organizada a que ele decidiu chamar ESPIRITISMO.
Num gesto de humildade, apaga-se sob o pseudônimo Allan Kardec para valorizar a obra dos Espíritos. Não mais meramente espiritualismo, a simples crença na sobrevivência de alguma partícula espiritual, mas ESPIRITISMO, a doutrina dos Espíritos com todas as revelações sobre a interligação dos dois planos, mundo material e mundo espiritual, e suas implicações na vida de cada um.
Agora não mais a fé, dogmática, vazia, mas aquela que fosse resultado da razão.
Não mais a crença pelo atendimento aos mandamentos recomendados, mas a responsabilidade de cada um, consigo mesmo, tarefa individual e intransferível, independente da religião que abrace.
Não mais injustiças e sofrimentos ocasionais, mas a dor como herança de amor que Deus nos oferece para nos redimirmos dos delitos do passado. O sofrimento efêmero não como castigo, mas como aprendizado e redenção para a conquista da felicidade em toda a sua plenitude.
Deus lhe pague, caro Mestre!
Fonte: Departamento Doutrinário da Liga Espírita Pelotense.
Publicado na coluna da Liga Espírita Pelotense no dia 30 de Setembro de 2012 – JORNAL DIÁRIO POPULAR.