Os espíritos não são atraídos para as tumbas que não são visitadas.
Em muitos casos os seres que vamos buscar no cemitério estão ao nosso lado.
Compreensível a intenção respeitosa e piedosa das pessoas que vão expressar a saudade nos cemitérios, mas precisamos desfazer a idéia de que eles estejam vinculados aos despojos carnais.
Se o espírito desencarnou recentemente, não raro ele espera os familiares na porta do cemitério para não assistir a decomposição do corpo.
Comprar flores, coroas, acender velas, sem que o coração não tome parte, não tem significado, mas se usarmos dos recursos que temos para beneficiar a quem precise em nome do ente querido, lhe servirá de lenitivo e consolo.
Quanto maior a interferência do coração, maior será a satisfação dos desencarnados.
Não é conveniente nos entregarmos desmedidamente à dor da separação. As saudades da partida são decerto legítimas, e as lágrimas sinceras são sagradas, mas quando violentas, entristecem e desanimam o ser amado, fazendo-o sofrer.
Visitar o túmulo é uma maneira de expressar que lembramos do espírito ausente, mas é a prece que santifica o ato de lembrar, não importando o dia nem o lugar.
Fonte: Departamento Doutrinário da Liga Espírita Pelotense.
Publicado na coluna da Liga Espírita Pelotense no dia 28 de Outubro de 2012 – JORNAL DIÁRIO POPULAR.